28/4/1945 – MUSSOLINI MORTO
A partir da esquerda, os corpos de Nicola Bombacci, Mussolini, Clara
Petacci, Alessandro Pavolini e Achille Starace expostos na Piazzale Loreto
(Milão, 29 de abril de 1945).
Depois do desembarque aliado na Sicília, Mussolini caiu em desgraça, vindo a ser
derrubado e preso em 1943. Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães do
hotel/prisão de Gran Sasso em 12 de Setembro de 1943 em ação de resgate chamada
de Operação Carvalho liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche
(OAK). Fundou a República Social Italiana, (conhecida como República de Salò),
ao Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por
guerrilheiros da resistência italiana, que o fuzilaram a 28 de abril de 1945,
juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir,
preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras deste – em
óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram: "Atirem
aqui" (disse ele apontando o peito). "Não destruam meu perfil".
O seu corpo e o de Clara ficaram expostos à execração pública durante vários
dias, numa praça de Milão.
As últimas horas de vida de Mussolini foram vasculhadas por um tribunal
do júri de Pádua, em maio de 1957. Mas o processo não esclareceu as
circunstâncias da execução. Até hoje não se sabe, de fato, quem disparou os
tiros mortais. O pesquisador Renzo de Felice suspeita que o serviço secreto
britânico tenha tramado a captura junto com os partigiani.
Michele Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros
antifascistas que matou o ditador, morreu em 1995, aos 86 anos em Como (norte
da Itália). Moretti, que na época da guerrilha usava o codinome
"Pietro", levou para o túmulo o segredo sobre quem realmente disparou
contra Mussolini e sua amante.
Alguns historiadores italianos afirmam que o próprio Moretti matou os
dois. Para outros, o autor dos disparos, feitos com a metralhadora de
"Pietro", foi outro partigiano, chamado Walter Audisio. É certo,
porém, que a ação foi obra da resistência italiana.
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