quinta-feira, 8 de novembro de 2012

2012 - MENINA CHORANDO DE MEDO APÓS UM ATAQUE SUICIDA
Massoud Hossaini (France Press) * Pulitzer


Tarana Akbari, 12, grita de medo momentos após um homem-bomba detonar um explosivo em uma multidão na mesquita de Abul Fazel em Cabul, no dia 6/12/2011. De 17 mulheres e crianças de sua família que foram à mesquita naquele dia para marcar o dia Xiita da Ashura, sete morreram, incluindo seu irmão Shaoib, de 7 anos. Ao todo, mais de 70 pessoas perderam suas vidas e pelo menos nove outros membros da família de Tarana foram feridos. O ataque foi o mais mortal da capital nos últimos três anos. O presidente Hamid Karzai disse que esta foi a primeira vez em que insurgentes atacaram em um dia religioso tão importante. O Taliban censurou o ataque, visto como sectário.
2010 – SOCORRISTA
María Chind (The Des Moines Register) * Pulitzer



Homem tenta resgatar mulher que caiu no rio Des Moines, no estado de Iowa.
2010 – HAITI
Carol Guzy, Nikki Khan e Ricky Carioti (Washington Post) * Pulitzer



A foto mostra o garotinho Moise “Kiki” Joachin, com oito anos, sendo resgatado depois de oito dias preso sob o peso de escombros, sem comida, água, luz, nada... Seus olhinhos fundos pela desidratação tinham um brilho intenso - o brilho da esperança. E o seu sorriso triunfante, com os bracinhos abertos, comemorando a vida, cativaram o mundo, que a uma semana chorava a morte brutal de mais de 220 000 pessoas.

É uma foto simples, um pouco desfocada pela poeira dos escombros, mas simboliza a alegria e a esperança em meio a uma tragédia.

Além da centralidade de “Kiki”, há a presença também importante de dois bombeiros, Charles Dunic, de Nova York, e Brad Antons, da Virgínia, que passaram quatro horas escavando cuidadosamente os destroços para conseguirem, finalmente, chegar a Kiki e sua irmã.

Quando o chão começou a “dançar”, a mãe de Kiki, Gracia Raymond, fugiu da varanda do apartamento para procurar o filho de 5 anos, David, que tinha ido buscar água lá fora. Ensanguentada devido à queda de pedaços de prédios, começou a escavar freneticamente pelos destroços à procura dos seus outros cinco filhos. Não conseguiu achar nenhum.

O pai de Kiki, Odinel, estava preso no seu escritório, no serviço de alfândega do Haiti. Levou dois dias para encontrar a mulher. Quando ela lhe disse que cinco dos filhos estavam soterrados nos escombros da casa deles, Odinel entrou em desespero. “Pedi a um vizinho para me cortar a cabeça. Não tinha mais razões para viver”.

Durante oito dias, Kiki esteve enterrado entre as ruínas do prédio de apartamentos onde vivia. Ele e a irmã, Sabrina, de 11 anos, conseguiram permanecer num minúsculo espaço sob toneladas de destroços, onde mal se conseguiam mexer. Ali perto estava Titite, de 4 anos, e os corpos das outras irmãs: Yeye, de 9 anos, e Didine, de 15 meses.

“Quando a nossa casa caiu, pensei que ia morrer”, recorda Kiki. No quinto dia que passou sob os escombros, conta, “vi o meu irmão morrer ao meu lado”. Lembra-se de chorar enquanto Sabrina cobria o pequeno Titite com a sua camiseta.

Foi então que, no oitavo dia, uma vizinha que procurava os seus haveres ouviu Kiki pedir baixinho por água. Dois bombeiros, Charles Dunic, de Nova York, e Brad Antons, da Virgínia, passaram as quatro horas seguintes a escavar cuidadosamente os destroços para conseguirem chegar a Kiki e à irmã.

“Foi muito complicado fazer o garotinho sair”, explica Dunic, que na altura usava um capacete e uma máscara facial e empunhava uma britadeira. “Estávamos assustando-o”. Por fim, a tia de Kiki conseguiu acalmá-lo. Dunic desceu pelo buraco e entregou-lhe o menino.

À medida que Kiki era içado daquele buraco, o seu rosto rasgou-se num sorriso luminoso e abriu os braços num gesto de vitória.

No meio de uma tragédia que tinha ceifado a vida a 220 000 pessoas, o resgate com vida de Sabrina e Kiki foi uma boa notícia de que todos gostaram. “Eu sorri porque estava livre”, disse Kiki aos repórteres. “Sorri porque estava vivo”.
2009 - HAITI
Patrick Farrel (The Miami Herald) * Pulitzer


No dia 12 de janeiro, um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, gerando milhares de feridos, desabrigados e mortos. Centenas de edifícios desabaram, inclusive o palácio presidencial da capital Porto Príncipe.

Conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade, a 22 quilômetros de Porto Príncipe. Esse primeiro terremoto antecedeu outros dois de magnitudes 5,9 e 5,5. Esse fato promoveu grande destruição na região da capital haitiana, estima-se que metade das construções foram destruídas, 250 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos ultrapassou 200 mil.
2009 – OBAMA
Juramento de posse do presidente Barack Obama.


2008 - DISTÚRBIOS NO QUÊNIA


Menino queniano, aos gritos, vê um policial na porta da sua casa, na favela de Kibera Nairobi, em 17 de janeiro. Centenas de policiais entraram em confronto com partidários do líder da oposição do Quênia, Raila Odinga.
2008 – BUCHENWALD


Emil Alperin, preso durante 1 ano no campo de concentração de Buchenwald (1944-1945), em 2008, quando vestiu sua roupa de prisioneiro novamente e revisitou as fornalhas do campo nas comemorações do 63º aniversário de libertação de Buchenwald.